2020 – 1º semestre
NÚCLEO DE PESQUISA E LEITURA SOBRE APRESENTAÇÃO DE PACIENTES E PSICOSE
(…), parece-me impossível eliminar do fenômeno da transferência o fato de que ela se manifesta na relação com alguém a quem se fala.*
O Núcleo de Pesquisa e Leitura sobre Apresentação de pacientes e Psicose se dedicará, neste primeiro semestre de 2020, ao estudo da Transferência na Psicose – de Freud a Lacan.
A transferência, conceito capital da psicanálise, tem na psicose um amplo campo de estudo. Desde Freud a sua presença e manejo têm sido estudadas e Lacan nos fornece novas possibilidades de entendimento e de atuação.
O Núcleo se reunirá quinzenalmente às sextas-feiras, das 16:00 às 17:30, na sede da CLIPP, à Rua Cardoso de Almeida, 60, cj. 113.
O primeiro encontro deste semestre será no dia 06/03/2020 e começaremos a discussão a partir do texto Transferencia y psicosis, de Pablo Fridman, in Escuchar las psicosis, p. 157, Grama Ediciones, 2009.
O material de leitura estará disponível com a Dolores a partir do dia 27/02 para os já inscritos no Núcleo.
Os novos interessados em participar do Núcleo deverão entrar em contato com as coordenadoras para uma entrevista.
Marizilda Paulino (marizildapaulino@gmail.com)
Perpétua Medrado Gonçalves ( pmedrado@hotmail.com)
As datas programadas para este semestre são: Março: 06 e 27; Abril: 03 e 24; Maio: 08 e 22; Junho: 05 e 19
Bem vindos ao ano de 2020!
Marizilda Paulino
Perpétua Medrado Gonçalves
*LACAN, J. (1960-1961) O Seminário 8: a transferência. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1992, p. 177.
Núcleo de Pesquisas em Psicanálise e Atendimento de Crianças e Adolescentes na Clipp
Tema do semestre: Errâncias, passagem ao ato e suicídio na adolescência
A Adolescência por si só já é um período em que o jovem está em profundas transformações, necessitando referências que possam, como diz Lacadê, “despertar a vontade de viver e oferecer a sustentação e os pontos de apoio necessários(…)”
Por outro lado, com a queda dos ideais, o abandono das identificações parentais e o gozo indizível se presentificam na estranheza com o próprio corpo. São convocados a uma posição na partilha entre os sexos, e no encontro com este real são tomados de angustia e a solidão.
Então a toxicomania, a delinquência, o suicídio e suas tentativas, distúrbios alimentares, adesão a uma seita e errância são condutas que temos encontrado em jovens neste período da vida.
Philippe Lacadée recorreu a Victor Hugo e tal como este definiu a adolescência como “ a mais delicada das transições”, um momento onde é preciso fazer muitas reatualizações.
O estudo da adolescência na atualidade pode contribuir muito para nossa clínica, pois suas invenções podem nos ensinar o que fazer neste novo mundo, quando somos convocados a um trabalho visando a particularidade de cada sujeito.
Os interessados em participar do Núcleo devem entrar em contato com uma das coordenadoras para agendar uma entrevista.
Periodicidade: Quinzenal, sextas-feiras – das 11:30 as 13:00h
Encontros: 13/03, 27/03, 17/04, 08/05, 22/05, 05/06 e 26/06
Local: R. Cardoso de Almeida, 60 – cj. 111 – Perdizes – São Paulo. Informações: Na Clipp, c/ Dolores
Coordenação: Célia M. B. Siqueira–Tel.: 11-99369.5774. M. Cristina M. Felizola– Tel.: 15-99106.9186 e Luciana C. Rabelo- Tel.: 11-98758.8484
Núcleo de Pesquisa: Psicanálise e Medicina – 1° semestre/2020
Tema: O Corpo no último ensino de Lacan: gozo, letra e sinthoma
Desde o primeiro semestre de 2006 esse núcleo vem trabalhando em torno do tema “O corpo em Psicanálise”, visando precisar conceitos teóricos que nos permitem abordar as manifestações no corpo identificáveis na prática clínica.
A partir de 2017, esse caminho de pesquisa nos levou a interrogar o estatuto do corpo na clinica psicanalítica a partir do último ensino de Lacan. O que significa pensar o diagnóstico na segunda clínica de Lacan, ancorada no enlaçamento entre o real, o simbólico e o imaginário? Qual o estatuto e o manejo do corpo na direção de um tratamento analítico?
Em 2019, seguimos nossa pesquisa percorrendo detidamente as elaborações de Éric Laurent em seu curso O avesso da biopolítica: uma escrita para o gozo1.
Para este ano, nos propomos a aprofundar a articulação entre corpo, letra e sinthoma.
Trabalharemos o texto lacaniano Lituraterra (1971)2, à luz da leitura de Miller em seus seminários Piezas Sueltas (2004-2005)3 e El ultimíssimo Lacan (2006-2007)4 e da interlocução com a escrita e a literatura chinesa.
Coordenação: Eliane Costa Dias e Niraldo de Oliveira Santos
- Terças-feiras (quinzenal), de 20h30 às 22h00
- Sede da CLIPP – Rua Cardoso de Almeida, 60, conjunto 111/113
- Início: 24 de março
- Solicitação de participação mediante entrevista com a coordenação.
Coordenação
Eliane Costa Dias e Niraldo de Oliveira Santos
1 Laurent, É. O avesso da biopolítica. Uma escrita para o gozo. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2016.
2 Lacan, J. Lituraterra [1971]. Outros Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 2003, p.15-25.
3 Miller, J-A. Piezas sueltas. Los cursos psicoanalíticos de Jacques-Alain Miller (2004-2005). Buenos Aires: Paidós, 2016.
4 Miller, J-A. El ultimíssimo Lacan. Los cursos psicoanalíticos de Jacques-Alain Miller (2006-2007). Buenos Aires: Paidós, 2012.
NÚCLEO DE PESQUISA EM PSICANÁLISE E FILOSOFIA
O SUJEITO EM QUESTÃO
Quando Descartes introduz o sujeito da razão, introduz também a questão do sujeito do conhecimento. Em psicanálise, como falar do sujeito? Lacan em “A Subversão do sujeito e Dialética do Desejo no Inconsciente Freudiano”, diz que “… o sujeito só se constitui ao se subtrair (da cadeia significante) e ao descompletá-la essencialmente, por ter, ao mesmo tempo, que se contar ali e desempenhar uma função apenas de falta” (p. 821). Mistério? O sujeito é representado entre dois significantes; está dentro e fora ao mesmo tempo?
A formação do sujeito na Psicanálise lembra o Paradoxo de Russel: um catálogo ao nomear seus componentes não pode nomear-se a si mesmo, pois incluir-se-ia aí e exigiria outro catálogo, o que levaria a um regresso ao infinito. Colocar o catálogo nomeador fora da relação dos nomeados não resolve o paradoxo, mas permite operar.
O sujeito na psicanálise seria um paradoxo? Propomos aprofundar a questão do sujeito neste semestre, trabalhando com Lacan no “Seminário 11” e em “A Subversão do Sujeito”.
- Datas: Março: 9/23; Abril : 6/20; Maio: 4/18; Junho: 1/15/29.
- Horário: segundas-feiras, das 18h30 às 20h00.
- Local: CLIPP – Sala 111, Rua Cardoso de Almeida, 60.
Coordenação: M. Bernadette S. de S. Pitteri e Paula C. V. Caio de Carvalho
Informações com Dolores – Fone: 3864 7023
NUCLEO DE ENSINO E PESQUISAS DE PSICOPATOLOGIA E PSICANÁLISE – NEPPSI – ESTUDOS SOBRE O CRIME
Coordenação: Ariel Bogochvol
O crime, o criminoso e a criminalidade interessam vivamente à psicanálise. Embora Freud não tenha tratado de criminosos e até contra-indicasse a aplicação da psicanálise nesses casos, a análise de crimes e criminosos ocupou um lugar fundamental em sua obra. Da galeria dos criminosos freudianos fazem parte personagens célebres como Édipo, Hamlet, Karamazov e também personagens anônimos como os membros da horda primitiva, o neurótico comum, os que cometem crimes por sentimento de culpa.
Para Freud, há um crime primordial, mítico, universal – o assassinato do pai primevo pela horda primitiva numa luta pelo acesso às mulheres – que funda a sociedade e a cultura. De forma análoga, as tendências parricidas e incestuosas do complexo de Édipo são constituintes do sujeito. A criminalidade é, assim, um traço estrutural da sociedade e a potencialidade criminosa um traço estrutural do sujeito. Mas, o que faz com que a potencialidade criminosa se transforme, efetivamente, em ato criminoso?
- Atividades: módulo de estudos, discussões de casos, atendimentos, apresentação de pacientes
- Local: CLIPP (CAEF-CAISM V. Mariana)
- Início: sábado – 21/03/2020 – 10h00 – CLIPP: Rua Cardoso de Almeida, 60 cj. 113 – Perdizes – São Paulo
- Periodicidade: Quinzenal
- Seleção: entrevista e currículo – agendar arielb@uol.com.br
- Informações: secretaria da CLIPP – (11) 3864-7023 – Site CLIPP: www.clipp.org.br
COORDENAÇÃO: Ariel Bogochvol