2022 – 1º semestre
NÚCLEO DE PESQUISA EM PSICANÁLISE E FILOSOFIA
SOBRE DISCURSOS E SEMBLANTES – LENDO O SEMINÁRIO 18 – “DE UM DISCURSO QUE NÃO FOSSE SEMBLANTE”
“Lacan, no livro 18 de “O Seminário” está em busca “de um discurso que não fosse semblante”, mas no decorrer dos capítulos deixa claro que “só há discurso do semblante” *, o que nos coloca frente a um paradoxo. Como pensá-lo?
Miller, na última contracapa oferece a chave: trata-se da sexualidade para além do biológico, passando pelos significantes imaginários “que constituem o que chamamos semblantes”.
Há um caminho lógico a percorrer, o que requer ir além dos mitos freudianos (o Édipo, o pai de Totem e Tabu), questionar a lógica aristotélica, passar por Pierce e a teoria da quantificação, além de elucidar a natureza do escrito através do chinês e do japonês. Este caminho desagua no aforismo “não há Relação Sexual”, melhor explicitado nas tábuas da sexuação”.
* Seminário 18, p. 136.
DATAS:
14/3: Sobre Discursos e Semblantes (Cap. I e II – Seminário 18).
28/3: Ainda o Significante – Semblante e Discurso (Cap III – Seminário 18).
11/4: Escrita e Fala – a Questão da Verdade (Cap IV e V – Seminário 18).
25/4: Função para não Escrever – das Duas Lógicas (Cap VI – Seminário 18).
9/5: Lituraterra – O Inconsciente e a Função da Letra (Cap VII – Seminário 18).
23/5: Homem e Mulher – Impossível de Escrever (Cap VIII – Seminário 18).
6/6: Impossível e Psicanálise – Não-Universal Feminino (Cap IX – Seminário 18).
20/6: Limite do Discurso e Não-Relação Sexual (Cap X – Seminário 18).
- INÍCIO: 14/03/2022
- HORÁRIO: 18h30 as 20h00
- INVESTIMENTO SEMESTRAL: $200,00
- INSCRIÇÕES: de 1 a 14 de março
- On line – Plataforma ZOOM
BIBLIOGRAFIA:
Freud, S. Totem e Tabu [1912/1913]. In: Obras completas, vol. 11. São Paulo: Cia. Das Letras, 2011.
Lacan, J. de um discurso que não fosse semblante [1971]. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
_______ O Seminário, livro 6: O Desejo e sua Interpretação [1958/1959]. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.
_______ A Direção do Tratamento e os Princípios do seu Poder. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
_______ A Função do Falo. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
_______ A Coisa Freudiana. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
_______ Subversão do Sujeito e Dialética do Desejo no Inconsciente Freudiano. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
_______ A Instância da Letra no Inconsciente ou a Razão desde Freud. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
_______ O Seminário sobre “A Carta Roubada”. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998.
Poe, Edgar Alan. A Carta Roubada.
NÚCLEO DE PESQUISA DE PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO
O SEMINÁRIO 20 – MAIS, AINDA – O AMOR, O GOZO E A SEXUAÇÃO EM LACAN
O Seminário 20 – Mais, Ainda foi pronunciado entre 12 de dezembro de 1972 e 26 de junho de 1975. Sua capa se refere a uma escultura de Gian Lorenzo Bernini – O êxtase de Santa Tereza D`Avila.
O Seminário 20 – Mais, Ainda ocupa um lugar estratégico na obra de Lacan. Segundo Jacques-Alain Miller ele faz a passagem para o último ensino de Lacan e o Seminário 23 – O Sinthoma para o ultimíssimo ensino de Lacan. No Seminário 20 – Mais, Ainda certos temas são estratégicos: o significante, o significado, o gozo fálico, o gozo do Outro, o Outro gozo ou gozo suplementar, o amor, o feminino, etc. Há também uma leitura feita por Lacan dos quatro discursos: discurso do mestre, discurso da universidade, discurso da histérica e discurso analítico. E uma discussão importantíssima das tábuas da sexuação e seus efeitos nos dias de hoje na Educação e nas escolas. .
Coordenação: Leny Magalhães Mrech
- Atividade online via plataforma ZOOM, aulas quinzenais às segundas-feiras, das 16h30 às 18h00
- Inscrição: psicanalise.clipp@gmail.com
- Seleção mediante entrevista com a coordenação
PROGRAMA
- 07/03 – Introdução ao Seminário 20 – Mais, Ainda
- 21/03 – Capítulo I Do□ Gozo
- 04/04 – Capítulo II – A Jakobson
- 18/04 – Capítulo III – A Função do Escrito
- 02/05 – Capítulo IV – O Amor e o Significante
- 16/05 – Capítulo V – Aristóteles e Freud: A Outra Satisfação
- 30/05 – Capítulo VI e Capítulo VII – Deus, o Gozo feminino e Letra de uma Carta de Almor
- 13/06 – Capítulo VIII – O Saber e a Verdade e Capítulo XI – Do Barroco
- 27/06 – Capítulo X – Rodinhas de Barbante e Capítulo XI – O Rato no Labirinto
Bibliografia Básica
LACAN, Jacques. O Seminário 17 – O Avesso da psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1992.
__________________. O Seminário 20 – Mais, Ainda. Rio de Janeiro: Zahar Editor, 1982.
———————-. O Seminário livro 23 – O Sinthoma. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2007.
MILLER, Jacques-Alain. Perspectivas sobre o Seminário 23. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 2009
______________________. El Ultimissimo Lacan – Los cursos psicoanalíticos de Jacques-Alain Miller. – Buenos Aires, Paidós, 2012.
NÚCLEO DE PESQUISA E LEITURA SOBRE APRESENTAÇÃO DE PACIENTES E PSICOSE 2022
O Núcleo de Apresentação de Pacientes e Psicose retoma em 2022 o estudo sobre a Apresentação de Pacientes, enfatizando a sua importância para o estudo, diagnóstico e tratamento das psicoses.
Em relação à Apresentação de Pacientes teremos como eixo norteador uma apresentação de pacientes feita por Jacques Lacan em 1976 e outra feita por Jacques-Alain Miller em 1998. Isso nos possibilitará discutir a importância da Apresentação de Pacientes para a formação do psicanalista, além das questões diagnósticas e de tratamento.
Retomaremos, ainda, as discussões sobre o Amor nas Psicoses, baseadas em dois casos do livro El amor en las psicosis, organizado por Jacques-Alain Miller (2008).
Nosso objetivo é aprofundar as questões suscitadas pelo diagnóstico (clínica estrutural e borromeana), a transferência e a direção do tratamento na psicose.
Coordenação: Marizilda Paulino e Perpétua Medrado Gonçalves
- Atividade online via plataforma ZOOM, aulas quinzenais às sextas-feiras, das 16h00 às 17h30 · Inscrição: psicanalise.clipp@gmail.com
- Seleção mediante entrevista com a coordenação
. Conheça os valores no site www.clipp.org.br
Programa – 1º semestre 2022
11/03 – Apresentação do semestre
texto LÉGER, C. (1998) “Elogio de la apresentación de enfermos. Un dispositivo adecuado”, in MILLER, J.A. (Org.) Los inclasificables de la clínica psicoanalítica. Buenos Aires: Paidós, 2005, p.29-35.
Uma psicose lacaniana: Entrevista conduzida por Jacques Lacan.
In: Opção lacaniana, vol. 26/27, São Paulo, abril 2000, p. 5-16.
Apresentação: Marcia Barbeito
Coordenação: Marizilda Paulino
25/03 – Discussão: Uma psicose lacaniana: Entrevista conduzida por Jacques Lacan
Apresentação: Marcia Barbeito
Coordenação: Marizilda Paulino
Dia 08/04 – “Entrevista con Jacques-Alain Miller”
In: La conversación clínica/ Jacques-Alain Miller; Guy Briole, UFORCA, Olivos:Grama Ediciones, 2020, p.237-273.
Apresentação: Rosangela Turim
Coordenação: Perpétua Medrado
Dia 29/04 – Discussão da Entrevista com Jacques-Alain Miller
Apresentação: Rosangela Turim
Coordenação: Perpétua Medrado
Dia 13/05 – “Uma falsa erotomania homossexual”
In: El amor en las psicosis, Buenos Aires: Paidós, 2008, p.119-133.
Apresentação: Celia Chamorro
Coordenação: Marizilda Paulino
Dia 27/05 – Discussão do caso “Uma falsa erotomania homosexual”
Apresentação: Celia Chamorro
Coordenação: Marizilda Paulino
Dia 10/06 – “El pensamiento único”
In: El amor en las psicosis, Buenos Aires: Paidós, 2008, p.165-176.
Apresentação: Desirée Mauro
Coordenação: Perpétua Medrado
24/06 – Discussão do caso: “El pensamiento único”
Apresentação: Desirée Mauro
Coordenação: Perpétua Medrado
NÚCLEO DE PESQUISA EM PSICANÁLISE E MEDICINA
Os tempos que correm e a política do sintoma
“Todo mundo é louco, quer dizer, delirante” (Lacan, 1979)[1]
Para este ano, seguimos com a proposta de extrair consequências do último ensino de Lacan que nos permitam sustentar uma clínica e uma política da psicanálise à altura da subjetividade de nossa época. Em tempos de ascensão do objeto a, de aceleração da civilização e de discursos totalitaristas, das neuro-tecnociências e das religiões, como levar adiante o discurso analítico, orientado por uma política do sintoma e por uma ética da singularidade, do saber-fazer com o gozo?
Nessa tarefa, nos serviremos da leitura de J-A. Miller sobre o ultimíssimo Lacan em seu Curso da Orientação Lacaniana de 2007-2008: Todo mundo é louco.[2]
Coordenação: Eliane Costa Dias e Niraldo de Oliveira Santos
Atividade online – via plataforma Zoom. Terças-feiras (mensal), de 20h30 às 22h00.
Início: 15/03. (Solicitação de participação mediante entrevista com a coordenação)
Informações e inscrições: psicanalise.clipp@gmail.com
Cronograma
15/03 – Os tempos que correm. Objeto de necessidade e objeto de desejo.
12/04 – Do neurônio ao nó: um real sem saber.
10/05 – A psicanálise líquida.
14/06 – A interpretação da psicanálise. A responsabilidade do analista.
12/07 – A interpretação lacaniana. Deciframento e pulsão.
[1] Lacan, J. Transferência para Saint Denis? Lacan a favor de Vincennes!. In Correio – Revista da Escola Brasileira de Psicanálise (65). São Paulo: EBP (1979/2010).
[2] Miller, J-A. Todo el mundo es loco. Buenos Aires: Paidós, 2015.
Obs. O livro deste curso de Miller encontra-se à venda na Livraria online da EBP: https://www.ebp.org.br/livraria/produto/todo-el-mundo-es-loco/
NÚCLEO DE PESQUISA EM PSICANÁLISE E TOXICOMANIA
Objetivo: a toxicomania está presente no discurso analítico desde as cartas de Freud a Fliess: a protomania, a repetição masturbatória original. A sacação freudiana traz, em seu bojo, qual o lugar que a toxicomania ocupa na economia libidinal de um sujeito: satisfação tendo como agente e outro o corpo próprio. Ora, se o agente e o outro, linha superior dos laços sociais, é o si mesmo dispensado está o Outro, o código, a linguagem e um novo laço social está criado. Mais próximo, então, o sujeito está do gozo, da repetição sem criatividade, que do desejo e do para além da demanda. Um novo laço social está, deste modo, constituído. A característica deste novo laço é a hipostasia do Um, restando apenas a pragmática da busca pela droga como o que põe em cena a pálida figura do outro.
Considerando que esta caracterização acima constitui, se não uma estrutura clínica, uma ação sobre a estrutura o fenômeno toxicomaníaco escapa das manifestações que passam pelo Outro, isto é, não são manifestações que transportem, via metáfora e metonímia, uma mensagem. Deve, então, produzir um efeito na condução da análise, na posição do Sujeito suposto Saber e no emergir da transferência.
A discussão do efeito clínico da toxicomania é o cerne dos encontros neste ano.
Coordenação: Durval Mazzei Nogueira Filho e Angelino Bozzini.
Transmissão: Plataforma Zoom.
Inscrições: clipp@gmail.com
Seleção dos candidatos: dr.durval@uol.com.br angelino.bozzini@gmail.com
Tópicos:
1 revisão da proposição sobre a toxicomania.
2 discussão clínica e apresentação de casos pelos participantes.
Datas:
26/03/22 – 10h – 11:30h
30/04/22 – 10h – 11:30h
28/05/22 – 10h – 11:30h
25/06/22 – 10h – 11:30h
Bibliografia:
Nogueira Filho, DM. Toxicomanias. Escuta, São Paulo 1996
Instituto del Campo Freudiano. Sujeto, Goce y Modernidad. Fundamentos de la Clínica. Atuel – TyA (S/D)
Escola Brasileira de Psicanálise. O brilho da infelicidade. Kalimeros, Riode Janeiro,1998.
Naparstek, F. Introducción a la clínica con toxicomanías y alcoholismo. Grama Ediciones, Buenos Aires, 2005.
Inem, C & Baptista, M Toxicomanias: abordagem clínica. Sette Letras, Rio de Janeiro, 1997.
Baptista, M & Inem, C Toxicomanias: abordagem multidisciplinar. Sette Letras, Rio de Janeiro, 1997.
NEPPSI – NÚCLEO DE ENSINO E PESQUISA DE PSICOPATOLOGIA E PSICANÁLISE
ESTUDOS SOBRE O CRIME
criminologia, psiquiatria, psicanálise
Se o crime e a lei remontam às origens e à estrutura da civilização, a criminalidade – incidência de crimes, formas preferenciais, significados – bem como os modos de tratá-la e puni-la variam amplamente ao longo da história.
Na atualidade, o Brasil ocupa posição de destaque em diversos rankings da criminalidade: líder mundial em homicídios, em crimes contra a população LBGT, em letalidade policial, na morte de policiais, quinto em feminicídios, terceiro em roubos na América Latina, terceira maior população carcerária do mundo. A situação contrasta vivamente com a vulgata do homem cordial brasileiro.
Recorde-se que o debate sobre a criminalidade e os modos de trata-la foram os temas principais das eleições presidenciais de 2018 contrapondo concepções bem divergentes. O ‘pacote anti-crime’, proposto pelo ex-ministro da justiça S Moro e aprovado pelo congresso em 2020, ficou bem distante de tratar as ‘razões’ fundamentais da criminalidade brasileira. Em função da pandemia do covid 19, das crises sanitária, politica e econômica nacionais, o tema passou para um segundo plano, mas não perdeu sua relevância, pelo contrário.
A criminalidade é objeto de estudo de diversas disciplinas – sociologia, antropologia, criminologia, direito, psicologia, psiquiatria, psicanálise, segurança pública, política, polícia –, é um campo interdisciplinar. O curso vai introduzir as principais teorias criminológicas, psiquiátricas e psicanalíticas utilizadas nos Estudos sobre o Crime e analisar determinados tipos de crime a partir da discussão de casos ocorridos no Brasil.
Sábados, quinzenalmente das 10.00 às 12.00 h
Curso on line
Coordenaçao: Ariel Bogochvol
12/03 – Criminalidade contemporânea
26/03 – Criminalidade brasileira
09/04 – Introdução à Criminologia
23/04 – Introdução à Criminologia
07/05 – Psiquiatria forense
21/05 – Psiquiatria forense
04/06 – Criminologia psicanalítica
18/06 – Criminologia psicanalítica
Núcleo de Pesquisas em Psicanálise e Atendimento com Crianças e Adolescentes na CLIPP
Tema do semestre: A clínica com crianças
Para a psicanálise a criança é um objeto pulsional, que só acede ao estatuto de sujeito ao se inscrever no Outro. Sendo assim terá de encontrar ou inventar alguma inscrição no Outro. Porém, isto não ocorre sem impasses.
Uma criança é constituída a partir de uma relação que envolve gozo e desejo: o desejo e o gozo de cada um dos envolvidos e o da própria relação estabelecida entre eles.
A subjetividade infantil na atualidade não é a mesma da época de Freud e de Lacan. Hoje temos outros aspectos, os quais serão abordados neste semestre: a escola, a transferência, o judiciário, o atendimento online e o Outro social. Portanto, no cotidiano de nossa clínica é preciso lidar com as diversas questões, no intuito de aproximarmos à realidade de cada um.
Os interessados em participar do Núcleo devem entrar em contato com uma das coordenadoras para agendar uma entrevista.
Datas dos encontros do 1° semestre de 2022:
11/03: Configurações familiares no século 21.[i]
25/03: Para quê escutar os pais e a família? [ii]
08/04: Saber e verdade na clínica de crianças & Atendimento online.
29/04: Entre o enunciado e a enunciação & Princípios da prática analítica
13/05: Brincadeiras & Outro social
27/05: Institucional & Escola
10/06: Convidado – caso
24/06: Avaliação
Periodicidade: Quinzenal, sextas-feiras – das 11:00h às 12:30h (online)
Informações: Na CLIPP Fone: 11-3864.7023, com Dolores
Coordenação:
Célia M. B. Siqueira: Tel.: 11-99369.5774
Luciana Carvalho Rabelo: Tel.: 11-98758.8484
Maria Cristina Merlin Felizola: Tel.: 15-99106.9186