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TOXICOMANIA & PSICANÁLISE

Durval Mazzei (CLIPP/EBPSP)

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No segundo semestre, o Núcleo de Pesquisa terá quatro encontros mensais, a partir de 21/08. Os encontros serão em torno de proposições distintas a respeito da Toxicomania (Drogadicção ou Dependência Química).

O primeiro encontro exporá a versão nerobiológica deste fenômeno clínico presente na cena contemporânea. Certamente, é um modo bem comum de encarar a questão, pela simplicidade de declarar a inexistência de um sujeito entre o gozo e o prazer e deslocar a característica perda de controle para o terreno cerebral, a léguas de distância da responsabilidade. Esta queda é restrita à demanda de disciplina ao adicto (escravo).

O segundo encontro já inclui o discurso analítico desde a original referência freudiana, nas cartas a Fliess, definindo-a como sucedâneo da “protomania”, a masturbação, com passagem pelas formulações clássicas de Abraham, Rado e Olivienstein. O traço comum às formulações pós-freudianas é a teorização da Toxicomania com referência notável ao desenvolvimento libidinal e à noção de fixação.

Os dois últimos encontros aproximam a Toxicomania da teorização a partir do ensino de Lacan, não obstante as pouco comuns referências do francês ao fenômeno. Mas, de modo distinto das teorizações apontadas acima, a Toxicomania é lida como um acontecimento além do Édipo. Isto é, não se define por nenhum desvio do desenvolvimento libidinal assim como não há configuração particular que distingue e define uma condição estrutural que discrimine a Toxicomania ao lado da Histeria, da Obsessão, das Perversões e da Psicose.

Espero – gostaria – que este pequeno texto produza curiosidade.

Até lá.