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Editorial Hades #09

HADES #9

EDITORIAL

M. Bernadette S. de S. Pitter (CLIPP/ AME/AE em exercício/EBP/AMP)

A CLIPP completa 18 anos e, às vésperas da Assembleia que vai eleger diferentes funções para o próximo biênio, o HADES#9 vem à luz mais uma vez. Nascido em tempos de pandemia, percorre este período especialmente delicado para a humanidade, que corre o risco de derrota diante de algo invisível a olho nu. Mas a CLIPP continua sua missão, na valorização e difusão da psicanálise.

O “Curso de Psicanálise” teve sua abertura realizada pela convidada internacional, Nieves Soria (EOL/AMP), colega psicanalista argentina que nos brindou com a palestra “Novas Histerias, Anjos do Capitalismo”. Iniciando pelo paradigma paterno característico do chamado “primeiro ensino” de Lacan, Nieves passa pela afirmação de que “A Mulher não existe”, dizendo que “o sujeito histérico se localiza no ponto preciso da inexistência da mulher”. Qual o lugar do analista nesta nova configuração sintomática?

Em “Transidentidade: que identidade?”, Dalila Arpin, psicanalista da ECF/AMP, no texto traduzido por Wilson Braga, trabalhando a questão das “disforias de gênero”, questiona se o diagnóstico precoce não seria mais uma agenda política, que corre o risco de transformar as “crianças- identidades” em estandarte para a causa dos adultos. E se pergunta sobre o que caberia aí à psicanálise.

Abordando o real do sexo, Blanca Musachi e Niraldo de Oliveira Santos, partem do falocentrismo que, com sua queda, acaba por revelar o falo enquanto semblante, pensando se estamos numa época de “empuxo ao trans”, ou talvez fosse melhor falar em “sintoma trans”, no contexto de pluralização do Nome do Pai.

Débora Garcia, a mais nova associada de CLIPP, problematiza através da série “8 em Istambul” a questão do feminino, passando pelo que Freud nos ensinou sobre a histeria tal, como relatada no “Caso Dora”.

Cláudio Ivan Bezerra, no texto “A CLIPP na Era Digital”, apresenta o “projeto multimeios” recentemente implantado em nosso Instituto, com a função de promover a transmissão e a cultura da psicanálise, utilizando as ferramentas que o meio digital e a parafernália computacional nos coloca em mãos.

Boa Leitura!