Romildo do Rêgo Barros (AME-EBP/AMP)

Partindo da fantasia na neurose obsessiva vemos que ela é quase infinita; não é só grande, é um esforço de infinito. Naturalmente, não poderemos explorar tudo, mas eu gostaria de começar por algo essencial: talvez a importância clínica, teórica, política da neurose obsessiva hoje seja o fato de que o objeto investido na neurose obsessiva seja, na verdade, uma série de objetos. Onde seria um objeto de desejo, de escolha, de amor etc., o obsessivo coloca uma série.

Vocês sabem – mais da metade aqui são mulheres – o quanto os obsessivos enlouquecem as mulheres. Enlouquecem as mulheres pelo fato de que é muito difícil para a mulher se sentir objeto, o que é normal, mas um objeto que só é objeto porque está numa série. O que não é necessariamente poligamia, adultério, mas existe uma referência que nunca coincide totalmente com aquela que está na sua frente.

 

Nota: a versão completa deste texto se encontra na Revista Cairel.

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