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“Impasses da Pesquisa Psicanalítica em um Hospital-Escola”

Niraldo de Oliveira Santos

                Um Hospital-Escola é uma instituição notadamente marcada pela articulação trípode composta pelo ensino, a pesquisa e a assistência. No que diz respeito à medicina, a hierarquização destas três finalidades é bem definida desde seu início, ou seja, o ensino tem lugar privilegiado e coincide com o próprio nascimento do hospital. É isto que nos atesta Foucault na obra “Microfísica do Poder” (1979), mais especificamente no texto “O nascimento do hospital”, onde a residência no próprio hospital tinha e tem o caráter de transmissão de conhecimento passado do mestre para o aluno, sendo a Visita Médica o emblema desta transmissão.
Dito isto, pretendo convidá-los para uma breve incursão ao que vemos/escutamos, cotidianamente, na instituição hospitalar.
Em uma porta de entrada, temos os casos de urgência/emergência. Sujeitos atropelados (muitas vezes, literalmente) por um real que os convoca a perceber, diante do horror, a fragilidade da condição humana: amputação de membros, perda de uma função vital, queimaduras auto infligidas, queimaduras em crianças por negligência ou maus-tratos, tentativas de homicídio ou suicídio. Acidentes vasculares cerebrais ou tantos outros que pressionam, imediatamente, o sujeito a lidar com a castração – ou o retorno dela, fazendo deste tropeço com o real uma oportunidade única para o encontro com o psicanalista, ainda que muitas vezes o sujeito não encontre facilmente as palavras.
Mas também vemos, por outra porta do hospital, pacientes que explicitam, de modo obsceno, o gozo particular com a instalação na condição de doente. Nestes casos, o ser diabético, renal crônico, asmático, anoréxico, bulímico, é fortemente associado ao seu modo de se representar no mundo, de tão agarrados que são aos significantes que arranjaram nas contingências do destino. Nestes casos, o psicanalista também é solicitado a intervir, pois são pacientes frequentemente poliqueixosos, não aderentes ao tratamento – ou excessivamente aderidos ao hospital e às equipes. Estes pacientes, não raramente, denunciam o fracasso das terapêuticas convencionais e confrontam os profissionais com a impotência que o gozo e a pulsão de morte sabem fazer tão bem.
O hospital, como vimos, é um lugar privilegiado para o exercício da clínica, uma vez que sua própria existência implica a presença de corpos em diversas vertentes: corpo clínico, corpo técnico, corpo médico, corpo doente, mas, sobretudo – e é isto que nos interessa, corpos vivos. E em relação à pesquisa?

Assim como Maria Lívia nos diz em seu livro (“O que pode o analista no hospital?”), que para discutirmos a respeito do lugar e da prática possível, é necessário partirmos do pressuposto de que haja um analista, o mesmo se dá quando se trata da pesquisa psicanalítica.
Abrimos um parênteses para dizer que, quando não se trata de um psicanalista, ou quando não se trata de um psicanalista marcado pelo ensino de Lacan, a pesquisa no hospital pode se apresentar com uma série de outras dificuldades – muitas delas de ordem técnica ou metodológica. Porém, quando nos referimos aqui aos impasses da pesquisa psicanalítica no hospital-escola, quando este psicanalista é – para usar uma palavra corrente em nosso meio, atravessado pela orientação lacaniana, os impasses são sobretudo discursivos, e isto não é, para nós, uma vantagem nem uma desvantagem a priori. Quer dizer, e isto não é bobagem, que o psicanalista de orientação lacaniana no hospital-escola e em qualquer outro lugar, está atento e se interessa em localizar uma produção/produto cujos efeitos – práticos e discursivos, estejam de acordo com uma ética – a de fazer surgir o singular em cada um daqueles que são submetidos ao nosso método.

Como dizia antes, fazer pesquisa no hospital, ou em qualquer outro lugar, sem se inquietar em fazer uso dos dispositivos padronizados, utilizando uma lógica totalitária, retirando o particular de cada ser falante e o inserindo em categorias, certamente se dá sem maiores conflitos; o que não quer dizer que é sem desgaste. Fazer desta via o emblema da pesquisa no hospital – ainda que seja utilizando recortes teóricos da psicanálise, não faz da pesquisa uma pesquisa psicanalítica, pelo menos não na vertente que aqui discutimos.
Fazer pesquisa psicanalítica é ter a clareza de que esta é articulada à clínica. É sustentar a ética da subversão do sujeito (como nos mostra Lacan em seu primeiro ensino) ou tratar do embaraço do ser falante frente aos seus modos de gozo em sua relação com o corpo vivo; seja no exercício da clínica, da pesquisa ou na transmissão/ensino.

Miller, no texto de apresentação do tema do IX Congresso da Associação Mundial de Psicanálise, “O real no século XXI”, destaca:

Trata-se de deixar para trás o século XX, a fim de renovar nossa prática no mundo, ele mesmo suficientemente reestruturado por dois fatores históricos, dois discursos: o da ciência e o do capitalismo. São esses os dois discursos prevalentes da modernidade que, desde seu início, desde o aparecimento de cada um, começaram a destruir a estrutura tradicional da experiência humana. A dominação combinada dos dois discursos, cada um se apoiando no outro, aumentou a tal ponto que conseguiu destruir, e talvez romper, chegando aos fundamentos mais profundos de tal tradição” (Miller, 2012, p. 21).

Apesar de reconhecermos que o momento atual contribui sobremaneira para acirrar os impasses da pesquisa psicanalítica no hospital, seria tentador isolar e dar consistência a esse Outro (seja ele o discurso da ciência, o discurso capitalista, as neurociências, etc) e fazer disso a justificativa de uma impossibilidade. Como não reconhecer aí a saída sintomática de tantos, seja na clínica ou na vida cotidiana? O fato é que, quando se trata dos impasses discursivos, temos que ter a clareza de que estes não estão circunscritos à biotecnologia, mas estão no mundo, exatamente por se tratar de defesas frente ao real.
Portanto, não podemos dizer, de modo simplista e reacionário, que fazer pesquisa psicanalítica no hospital-escola hoje é impossível. Nunca foi fácil, na verdade. Sustentar a ética da psicanálise – e sua condição de extraterritorialidade, é e sempre foi um desafio.
Desde a intervenção que Lacan fez no pavilhão pediátrico da Pitié-Salpetrière, em Paris, em 1966, a convite de sua supervisionanda Jenny Aubry, Lacan já marcava o empuxo das tecnociências ao fascínio de deixar o sujeito de fora da jogada. Naquele momento, Lacan falava da ida do homem à lua. Hoje, as pesquisas espaciais não nos assustam mais – nem a ideia de o homem morar na lua, num futuro próximo. Somos também confrontados cotidianamente com diversas notícias a respeito dos avanços tecnológicos que incidem no corpo do ser falante que, sem dúvida alguma, trazem benefícios irrecusáveis, mas que também trazem consigo novas modalidades de gozo que continuam convocando o psicanalista ao trabalho.
Miguel Bassols, ao falar da relação entre ciência e desejo e recuperando o que Lacan nos apresentou em seu Seminário, livro 7, “A ética da psicanálise”, nos mostra claramente a ideia do que aqui chamamos de impasse:

A razão do impasse é, efetivamente, estrutural: a ciência tem ocupado, ela mesma, o lugar do desejo, e o tem deslocado, o tem desalojado, para outro lugar em sua aliança com o discurso capitalista. Na medida em que a ciência vem no lugar do desejo deslocado, recalcado, inclusive, não pode tomar esse desejo como objeto, sem se dividir em seu próprio campo, ocultando a divisão do sujeito que ela mesma encarna. Desde então, o desejo escapa como objeto da ciência, com o paradoxo de que a ciência se funda nesse objeto que a causa sem ela saber. Seguindo essa via, o resultado é o que Lacan situa como “a paixão do saber”, não o desejo de saber, senão a paixão, que reduz esse saber a um objeto do conhecimento apto para o uso de um poder que lhe dá, por sua vez, seu crédito. (Bassols, 2014, p. 61-62).

Vejamos mais de perto algumas insígnias dos impasses da pesquisa psicanalítica no hospital-escola:
– O empuxo à realização de protocolos de pesquisa e publicações em periódicos científicos, indexados e que compartilham uma certa fobia ao método psicanalítico;
– A supervalorização da utilização de escalas, testes, questionários padronizados – tendo aqui seu ápice nos questionários de qualidade de vida;
– A insistência em eliminar as diferenças discursivas em nome de classificações diagnósticas lipoaspiradas e “ateóricas” dos manuais de classificação diagnóstica;
– A monotonia das afirmações de eficácia exclusiva das técnicas cognitivo-comportamentais, descritas como sendo de baixo custo e desenhadas visando a educação da pulsão.
Comecemos por discutir a respeito da principal moeda do hospital-escola hoje: publicações em periódicos científicos. Já sabemos que um hospital-escola tem como principal objetivo o ensino e a produção de conhecimento. Sabemos também que, para cada especialidade médica existente, corresponde-se a uma disciplina ligada à universidade. Para que estas disciplinas tenham um forte poder de impacto na obtenção de verbas (públicas ou privadas) para a pesquisa, é necessário mostrar uma produção sob o formato de publicações em periódicos científicos. Deste modo, quanto mais artigos publicados, maior a nota que esta disciplina obtém frente às agências de fomento à pesquisa e, como consequência, mais verba se adquire para novas pesquisas. Nada de errado até aí. O problema se dá quando o objetivo de produzir algo novo e que contribua com a sociedade se perde. O que seria próprio à pesquisa – a produção de conhecimento, muitas vezes é excluído da cena e o que vemos ser publicado é algo que foi produzido exatamente com o objetivo de obter uma pontuação. Com isto, o hospital-escola se insere nos mercados comuns como uma empresa lucrativa, com o risco de perder de vista seus fundamentos.
O que falamos acima se articula diretamente ao segundo ponto de impasse, que é a supervalorização dos instrumentos padronizados. Tais instrumentos vêm como uma resposta ao casamento da psicologia e da psiquiatria com a medicina baseada em evidências. Mas de que evidência se trata? É a suposta verdade transmitida pela estatística – muitíssimo valorizada no mercado. Sabemos que, para a publicação de uma pesquisa em determinados periódicos científicos, os instrumentos padronizados são a condição. Explicitam a falsa noção de que o agrupamento dos sujeitos e suas respostas padronizadas foi o meio científico de se alcançar um pedaço do real. A este respeito, Miller (2006, p. 16) é enfático: “Com o pretexto de que há medida, mede-se, escalona-se, conta-se, compara-se etc., imagina-se que é científico. (…) Não é porque há cálculo que há ciência”.
Também é certo que os dois itens anteriores – o empuxo à publicação e a utilização de instrumentos padronizados, não são apartados do uso de manuais de classificação diagnósticas, que já têm prontos os critérios para inserir os avaliados/pesquisados em uma categoria prêt-à-porter.
Em virtude de ser desenvolvida como um braço da medicina baseada em evidências, as teorias comportamentais não experimentam conflito algum em relação aos itens anteriormente apresentados, o que faz com que estes despontem como detentores de uma prática (assistencial e de pesquisa) que é vista como possuindo comprovada eficácia no hospital-escola. Ora, sabemos bem que o ser falante é, por excelência, um ser não educável do ponto de vista pulsional.
Neste cenário, as pesquisas não decorrem mais da pergunta clínica e sim, do furor das publicações e da utilização e criação de novos instrumentos padronizados, retroalimentando uma produção esvaziada de consequências para o avanço da clínica em si.
Lacan, no texto “A ciência e a verdade” (1966), mostra-nos que Freud também não estava livre destes impasses:

Não visamos ao acidente de ter sido pelo fato de seus pacientes terem ido procura-lo em nome da ciência e do prestígio que ela conferia, que Freud conseguiu fundar a psicanálise, descobrindo o inconsciente. Dizemos que foi esse mesmo cientificismo que conduziu Freud, como nos demonstram seus escritos, a abrir a via que para sempre levará seu nome. Dizemos que essa via nunca se desvinculou dos ideais desse cientificismo (…). E que é por essa marca que ela preserva seu crédito, malgrado os desvios a que se prestou, e isso na medida em que Freud se opôs a esses desvios, sempre com uma segurança sem retardos e com um rigor inflexível. (Lacan, 1966, p. 871-872).

Dito isto, e parafraseando Maria Lívia, o que pode o psicanalista pesquisador no hospital-escola?
Consideramos que, para que o psicanalista possa preservar seu crédito, além de estar seguro de sustentar a ética da psicanálise, não pode se esquecer de que não há produção que nos interessa sem que se leve em conta a transferência – tanto seu conceito quanto sua instalação.
Se a prática do psicanalista não dissocia clínica e pesquisa, esta última também só pode se dar se tivermos condições de instalar e manejar a transferência junto às equipes com as quais trabalhamos.
A retomada destes fatos serve para que possamos destacar este ponto vital que é a instalação da transferência como um pré-requisito, sem o qual clínica, pesquisa e transmissão ficam estéreis.
A partir deste ponto – a instalação da transferência de saber pelos profissionais da equipe dirigida ao psicanalista, é possível reinserir na cena hospitalar a via régia da pesquisa psicanalítica, que é a construção do caso clínico e sua elevação à categoria de exemplo. Nesta direção, a pesquisa psicanalítica é desenvolvida e apresentada como uma decorrência direta da clínica, por meio do caso clínico paradigmático. Considerar esta perspectiva é, em tudo, diferente das estratégias higienistas de exclusão do sujeito. É fato que isto convoca o psicanalista a se posicionar, de maneira subversiva, na maior parte das vezes, inserindo a perspectiva do não-todo. Vale lembrar que, em cada caso, a transferência de saber e a decorrente transferência de trabalho não estão lá a priori como um dado da natureza. Estas têm que ser construídas, a cada momento.
Some-se a isto o fato de que a construção do caso clínico tem que estar em consonância com o ser falante, tal como nós o concebemos a partir do último ensino de Lacan. A este respeito, Miller (2014) nos diz:

Até agora, sob a inspiração do século XX, os casos clínicos, tal como os expressamos, são construções lógicas e clínicas sob transferência. Porém, a relação de causa e efeito é um preconceito científico apoiado no sujeito suposto saber. A relação de causa e efeito não vale no âmbito do real sem lei, ela só vale como ruptura entre a causa e o efeito. (…) A psicanálise transcorre no âmbito do recalcado e de sua interpretação graças ao sujeito suposto saber. Mas, no século XXI, trata-se, para a psicanálise, de explorar outra dimensão: a da defesa contra o real sem lei e fora de sentido. (Miller, 2014, p. 31).

Como consequência disto, o psicanalista terá seu produto de pesquisa condizente com a nossa época e, em nenhuma hipótese, deve se furtar a comunicar seus achados, seja em reuniões de equipe, seja em periódicos indexados: a psicanálise também deve se inserir aí, como uma forma de provocar interlocuções. Nós, psicanalistas, temos que tratar nossa inibição de falar e de escrever a respeito de nossa prática. Não devemos abrir mão disto, uma vez que não devemos nos envergonhar de ocupar a posição de analisante, seguindo o exemplo de Lacan quando se referia ao seu modo de transmitir a psicanálise.
Para concluir, voltemos ao ideal das tecnociências e os impasses da nossa prática.
Podemos dizer que é fato que o ideal do discurso das tecnociências é fazer do corpo um território 100% conhecido, mas não sem, com isso, produzir objetos de consumo.
Apple se mostra como a empresa mais criativa dos nossos tempos, exatamente por ter conseguido localizar que o ser falante é um ser de gozo. Nada mais lucrativo do que construir gadgets que sirvam de semblantes de objetos pulsionais. A partir daí, basta ofertar para gerar uma demanda que, apesar de não existente no momento anterior, temos a certeza de que a necessidade de possuir tais objetos sempre existiu.
Em certa medida, o discurso da ciência, em seu casamento com o discurso capitalista, visa produzir semblantes de objeto que se associam ao ideal de saúde e beleza, causando em nós a dupla vertente própria a todo usuário: dependência e culpa no uso destes dispositivos. Dependência do consumo de ideais de saúde e beleza, e culpa quando estamos de fora destes imperativos superegóicos, com a condição de exclusão da subjetividade e do próprio desejo.
É o desejo do analista que permitirá o trabalho clínico e de pesquisa no hospital-escola, apesar das particularidades do momento atual. No tocante a isto, Bassols (2014) enfatiza:

A pergunta pelo desejo do analista virá, então, identificar-se com a pergunta sobre qual é o estatuto próprio da psicanálise na ciência. Digamos que o desejo do analista é o responsável por presentificar a função do desejo inconsciente no campo da ciência e na própria atividade do cientista. Há múltiplos lugares em que se pode rastrear o desejo do cientista, desde a angústia quando é confrontado com seu objeto mais ou menos evanescente, até o sintoma no qual esse desejo retorna causado por esse objeto. (…) faz aparecer aí o “outro” real no fundamento da atividade do cientista, outro real distinto daquele que a ciência aborda com um saber já escrito nele, outro real que escapa por estrutura à sua observação e que implica um sujeito suposto saber, o real próprio do sujeito do inconsciente, o real da psicanálise na ciência. (…) É diante desse real que o desejo do analista fica confrontado tanto em sua experiência como na ciência do século XXI. (Bassols, 2014, p. 62-63).

O grande desafio da pesquisa psicanalítica no hospital-escola está em, exatamente, articular uma produção que, se por um lado não possui a marca do objeto de consumo para todos, por outro, sua marcação contundente contribua, por meio do exemplo paradigmático, com o tratamento de sujeitos fortemente afetados pelo gozo mortífero em seus corpos.

De acordo com Laurent (2007):
O psicanalista deve permanecer atópico em relação à corrente principal da civilização que o arrasta. Ele não se contenta em encantar-se com a ‘liberação dos costumes’, pois percebe o seu avesso, o novo império do gozo. Irá, por isso, transformar-se em um novo censor, em um defensor dos costumes, em uma espécie de simetria inversa ao deslocamento da civilização? (…) Não devemos nos isolar em uma falsa alternativa entre dizer sim ao empuxo-ao-gozar, cujas exigências são incessantes, e dizer não, apelando para os limites da justa medida. Esse sim e esse não, assim formulados, fogem da particularidade do inconsciente para cada sujeito. (Laurent, 2007, p. 171-172).

Laurent, retomando Heidegger, nos propõe dizer sim e não a um só tempo:

Podemos dizer ‘sim’ e, ao mesmo tempo, ‘não’ ao emprego inevitável dos objetos técnicos, no sentido de impedi-los de nos engolir e, assim, falsear, confundir e, finalmente, esvaziar o nosso ser. (…) Uma palavra antiga serve para designar essa atitude de dizer simultaneamente sim e não ao mundo técnico: Gelassenheit, ‘serenidade’. (Laurent, 2007, p. 172-173).

 

Texto apresentado na Mesa Redonda: A Pesquisa em Psicanálise: Articulações com a Área da Saúde, promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Instituto de Psicologia da USP em 25/maio/2015.

Referências Bibliográficas

Bassols, M. Ciência e desejo. In: Scilicet – Um real para o século XXI. Belo Horizonte: Scriptum, 2014.
Foucault, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
Lacan, J. A ciência e a verdade. In: Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
Laurent, É. A sociedade do sintoma: a psicanálise, hoje. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2007.
Miller, J-A. Você quer mesmo ser avaliado? – Entrevistas sobre uma máquina de impostura. Barueri: Manole, 2006.
Miller, J-A. O real no século XXI. In: Scilicet – Um real para o século XXI. Belo Horizonte: Scriptum, 2014.