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Carmen Silvia Cervelatti (CLIPP/EBP/AMP)

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Em 1973 Lacan foi à televisão, veículo acessível às massas, transmitir a psicanálise àqueles que queriam escutá-lo. Podemos vê-lo na gravação, uma performance que produz efeitos nos expectadores, experimenta-se isso. Seus Seminários eram abarrotados de ouvintes sedentos de sua transmissão. Era a época do Seminário 21 intitulado Les non-dupes errentLes noms-du-père: a homofonia enlaçando fala e escrita.

Com a escrita do texto Televisão (Outros escritos) podemos seguir as elaborações de Lacan revisitando a psicanálise em torno do conceito de inconsciente desde a perspectiva do falasser – o significante tem efeito de afetar o corpo, além de efeito de significado. As provocações de Miller o conduzem, e nós seguimos: afeto, transferência, recalque, sintoma, pulsão, gozo, a felicidade do sujeito no “encontro marcado com o objeto”, a ética do bem-dizer, o sexual enquanto proveniente do impossível e do real. Diferencia a psicanálise da psicoterapia, que “leva ao pior”, fala da oferta e da recusa do discurso analítico. Vivifica a psicanálise no mundo contemporâneo com suas considerações sobre o amor, o racismo, a juventude e a família: se não existir a repressão familiar é preciso inventá-la! Qualifica o analista como rebotalho, resto da operação analítica – a questão do passe, expondo a diferença de seu ensino com a SAMCDA: “eles não ousam avançar lá onde isso (o sujeito suposto ao saber transferido ao analista) leva”.

Em oito encontros marcados, seguiremos Lacan nesta densa e impactante elaboração de seu ensino. Sempre às quintas-feiras, quinzenais, das 20h30 às 22h30.

Inscrições: psicanalise.clipp@gmail.com