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A TRANFERÊNCIA EM FREUD E LACAN: ESTUDO A PARTIR DOS ARTIGOS SOBRE A TÉCNICA E DOS SEMINÁRIOS 8 E 11

Autora: CÉLIA CÂNDIDA BORGES CHAMORRO

Resumo: O objetivo deste trabalho foi retomar o conceito de transferência nas obras de Sigmund Freud e Jacques Lacan. Em relação a Freud, nos baseamos nos textos incluídos nos chamados “Artigos sobre a técnica”, nos quais Freud conceituou a transferência principalmente como a repetição dos protótipos infantis, culminando em sua elaboração sobre a pulsão de morte no texto “Além do Princípio do Prazer” (1920), no qual a transferência é considerada como a face mortífera da pulsão. Por sua vez, Lacan retomou e reelaborou o conceito de transferência em seus Seminários 8 e 11. Nestes, Lacan resgatou as contribuições de Freud e introduziu formulações como o “Grande Outro”, o “sujeito suposto saber” e o “objeto a” para elaborar o conceito de transferência. Ao retomar os conceitos de transferência em Freud e Lacan, observamos uma continuidade, mas também uma ampliação nas reflexões. Enquanto Freud enfatizava a repetição dos protótipos infantis na transferência, Lacan destacava a dimensão do desejo do analista e a importância do sujeito suposto saber. Além disso, Lacan trouxe contribuições fundamentais, como a noção do objeto a, que influenciam profundamente a compreensão contemporânea da transferência. Em suma, este trabalho explorou a evolução do conceito de transferência, desde a perspectiva de Freud até as formulações de Lacan. Ao analisar as contribuições de ambos os teóricos, pudemos compreender a transferência como um fenômeno complexo que envolve repetição, desejos inconscientes e relações com o analista. Essa compreensão ampliada da transferência enriquece a prática clínica contemporânea, fornecendo bases teóricas sólidas para o trabalho terapêutico e a compreensão da dinâmica entre analista e paciente.

Palavras-chaves:Transferência, Sujeito Suposto Saber, Desejo do analista, Monografia, Célia Cândida Borges Chamorro

Download em PDF: Monografia Celia Chamorro