Editorial #23
EDITORIAL #23 | 27 de junho de 2023 – www.clipp.org.br
EDITORIAL HADES #23
Maria Bernadette Soares de Sant´Ana Pitteri
HADES #23, nesta edição, se propôs a publicar comentários sobre trechos de Lacan que abordam as psicoses, em forma do antigo exercício denominado “disciplina do comentário” e que foi retomado pela psicanálise. A “disciplina do comentário” exige uma ascese, uma disciplina, como o próprio nome veicula, na busca de respostas, embora estas não se pretendam únicas e menos ainda definitivas.
O “Caso Schreber”, com Antônio Teixeira (EBP/AMp)
DELÍRIO E DISCURSO
DELÍRIO COMO GÊNESE E RESPOSTA AO REAL
Carlos Ferraz Batista (CLIPP)
O comentário a seguir, tem como base, a citação de Lacan: . “Assim como todo discurso, um delírio deve ser julgado em primeiro lugar como um campo de significação que organizou um certo significante, de modo que as primeiras regras de um bom interrogatório, e de uma boa investigação das psicoses, poderiam ser a de deixar falar o maior tempo possível”.
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PSICOSE, DÉFICIT?
QUESTÃO PRELIMIAR
Carmen Silvia Cervelatti (CLIPP/ EBP/AMP)
Nessas tão famosas linhas, as palavras acidente, fracasso e falha, sugerem que algo falta na psicose. Trata-se de um déficit?
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FORACLUSÃO
BEHAJUNG, VERNEINUNG, VERWERFUNG
Daniela Camargo Barros Affonso (CLIPP/ EBP / AMP)
Lacan aborda o termo Verwerfung para diferenciá-lo do recalque e demonstrar sua importância para a conceitualização da psicose. Para tanto, apoia-se no texto de Freud A negativa.
DELÍRIO E NEOLOGISMO
DELÍRIO, SIGNIFICANTE E SIGNIFICAÇÃO
Durval Mazzei (CLIPP/EBPSP)
A leitura deste excerto do Seminário de Lacan permitiu uma viagem de ida e volta entre o clássico da primeira clínica e as consequências que Miller retira da última clínica de Lacan.
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METÁFORA PATERNA
FURO NO SIMBÓLICO
Eliane Costa Dias (CLIPP/ EBP/ AMP)
No texto De uma questão preliminar…1, na vigência de seu primeiro ensino, retomando o caso Schreber como paradigmático do funcionamento psíquico em jogo na psicose, Lacan reafirma sua tese sobre a estrutura da psicose: a não incidência do NP (P0), o fracasso da operação da Metáfora Paterna, deixaria o sujeito sem a referência ordenadora da significação fálica (Φ0), implicando um desarranjo tanto no Simbólico como no Imaginário, o que resultaria nos fenômenos psicóticos.
DESCONEXÃO SIMBÓLICA
ASSASSINATO D´ALMA – SEELENMORD
Emanuelle Garmes Pires (CLIPP)
O termo “assassinato d’alma” (Seelenmord), introduzido pelo juiz Daniel Paul Schreber, em seu Memórias de um Doente dos Nervos, refere-se a uma experiência enigmática e profundamente perturbadora que ocorreu no âmago de sua psicose.
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DESENCADEAMENTO
O NOME DO PAI – VERWOFEN
Kátia Ribeiro Nadeau (CLIPP)
A foraclusão do Nome do Pai é uma elaboração Lacaniana sobre a não castração simbólica, que tem como consequência a impossibilidade de acesso à significação fálica. Ao foracluir, se expulsa o sujeito para fora das leis da linguagem – o lugar do desencadeamento também é o lugar fora das leis da linguagem.
PRIMAZIA DO SIMBÓLICO
“NÃO SE TORNA LOUCO QUEM QUER”: A PSICOSE NA PRIMAZIA DO SIMBÓLICO
Niraldo de Oliveira Santos (CLIPP/ EBP/AMP)
Trata-se, como sabemos, do momento estruturalista do ensino de Lacan. Aqui ele retoma esta passagem de Blaise Pascal, filósofo e teólogo francês do século XVII – a quem Lacan recorre em diversos momentos do seu ensino – para denunciar os paradoxos e confusões implícitas nas premissas teóricas apresentadas até então em torno da loucura.
INSCONSCIENTE E LINGUAGEM
INCONSCIENTE ESTRUTURADO COMO LINGUAGEM
Noemi Araujo (CLIPP)
Ao proferir o Relatório intitulado Função e Campo da fala e da linguagem em psicanálise, em 1953, ou o Discurso de Roma, Lacan oficializou seu movimento histórico, prolongado até a realização do seu Seminário XI (1964-1965), conhecido como retorno a Freud.
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QUESTÃO DO AMOR
O AMOR MORTO NAS PSICOSES
Perpétua Medrado Gonçalves (CLIPP/EBPSP)
Ao ler o parágrafo sugerido pela Coordenação do Boletim HADES, surgiu uma pergunta que ficou para mim desde quando trabalhamos no “Núcleo de Apresentação de pacientes e Psicose” o livro O amor nas psicoses – o que Lacan quer dizer que o amor na psicose é um amor morto?
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ESTRUTURA
OUTRO – TESTEMUNHA DA VERDADE
Rodrigo Camargo (CLIPP)
A diferença entre neurose e psicose é crucial para o tratamento analítico. Trata-se de uma oposição estrutural. São duas respostas bastante distintas e absolutamente contrárias frente à inexistência do significante que representa o sujeito para a o Outro.
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CÉU-ABERTO
O QUE FALA NO SUJEITO
Rosângela Carboni Castro Turim (CLIPP)
Ao ler o parágrafo proposto que se encontra no seminário sobre as psicoses, pressupõe-se que se trata de uma formulação de Lacan sobre o “inconsciente estruturado como linguagem”, o que se fala e o que diz do sujeito, próprio de cada estrutura, bem como “o inconsciente a céu aberto”, característico da estrutura psicótica.