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HADES – CLIPP em Notícias #11

Editorial #11
cabecalho-hades
EDITORIAL #11 | 01 de novembro  de 2021 – www.clipp.org.br

EDITORIAL – HADES #11

CLÁUDIO IVAN BEZERRA (CLIPP)

O Hades é um boletim para comunicação da CLIPP e tem como objetivo promover textos e elaborações de seus associados e convidados, a fim de promover transferência de trabalho seja via Instituto (alunos e ex-alunos), seja via Escola (membros, não-membros e aderentes).

A missão é publicar textos que tragam sinergia com a formação em psicanálise, de forma que seus leitores possam se beneficiar, e quem sabe até tirar alguma consequência. O que nem sempre é fácil, pois um texto digital por práxis precisa ser mais enxuto, objetivo e menos rebuscado visando gerar melhor entendimento e maior circulação.

Hoje, estima-se que o boletim alcance a impressão, isto é, chega à caixa de correspondência de aproximadamente 900, num universo que contém desde psicanalistas com décadas de experiência, até alunos em início de jornada. Isso sempre coloca os editores em questão: como publicar conteúdos que possam atingir toda esta gama de público?

Anunciamos o lançamos do Podcast da CLIPP, mídia que vem ampliar a voz do Hades na distribuição de arquivos de áudio através de plataforma de streaming. Para o primeiro episódio, foi preparado um recorte dos comentários de Sandra Grostein (EBP/AMP/ AME) sobre o texto “A ciência e a verdade” de Jacques Lacan.

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 EP.1 – A ciência e a verdade, comentários de Sandra Grostein (EBP/AMP/AME)

ENSINO

ESCOLA X INSTITUTO: TENSÕES, IMPASSES

Maria Bernadette Soares de Sant’Ana Pitteri (CLIPP/EBP/AMP)

A Escola de Lacan é uma Escola para psicanalistas, oferece formação a psicanalistas; os Institutos do Campo Freudiano, por outro lado, estão voltados para elucidação de questões epistêmicas que, ao provocar o sujeito, apoiam a formação oferecida pela Escola.

Lacan funda a Escola Freudiana de Paris (1964) para reconduzir “à práxis original que ele (Freud) instituiu sob o nome de Psicanálise ao dever que lhe compete em nosso mundo, que, por uma crítica assídua, denuncie os desvios e concessões que amortecem seu progresso, degradando seu emprego” i. A Escola de Lacan se propõe à constante crítica em relação à Psicanálise e toma como dever restituir “a sega cortante” da verdade que Freud trouxe, na experiência analítica.

A “Proposição sobre o Psicanalista da Escola” (1967) coloca como princípio que “o psicanalista só se autoriza de si mesmo”, o que não impede que “a Escola garanta que um analista dependa de sua formação” ii. O “autorizar-se de si mesmo”, muito citado e nem sempre bem entendido, lembra Freud quando este diz não concordar com o mandamento civilizatório “amar ao próximo como a si mesmo”.

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RESSONÂNCIAS

O DNA DA (O) CLIPP

Rosângela Carboni Castro Turim (CLIPP)

O que define o nosso instituto, qual o DNA da CLIPP? Tal questão me intrigou porque parecia lógica, mas nada simples. O instituto visa uma formação teórica em psicanálise de orientação lacaniana, mas não deve ter um formato universitário. Em São Paulo, a CLIPP é um dos três institutos que funcionam ou deveriam funcionar como aguilhão para a Escola, segundo Lacan. Como o próprio nome indica, a Clínica Lacaniana de Investigação e Pesquisa em Psicanálise tem a missão clínica, de formação e de pesquisa. Voltarei a este ponto.

Tentei elaborar estas questões a partir da vivência que tive ao longo dos anos desde a criação da CLIPP, quando estava presente como aluna, depois como associada fundadora e nestes últimos quatro anos na Diretoria. Com o aprendizado e a continuidade de um trabalho iniciado na diretoria anterior, acrescentei nesta gestão uma meta pessoal, compartilhada com as colegas de diretoria, de aprimorar a comunicação da Secretaria da CLIPP.

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ATUALIDADE PSICANALÍTICA

A FORMAÇÃO DO ANALISTA

Peggy Papada (NLS/AMP)

O desejo de Lacan por uma escola de psicanálise foi além de Freud, além do Édipo, além da estrutura do “todo” e de seu elemento antinômico. Essa era a lógica de “todos os homens” nascidos de um pai que é a exceção, zelando pelo gozo e gozando de todas as mulheres. A impossibilidade e a proibição de gozo são inerentes a essa estrutura, o que leva a classificações rígidas. Ainda assim, na Escola Lacaniana “não há exceção, mas sim um conjunto, ou melhor, uma série de exceções, de solidões incomparáveis entre si” e como tal, a escola é “não toda, no sentido de que é logicamente inconsistente, e se apresenta sob a forma de uma série na qual falta uma lei da formação”.

No “Ato de Fundação” da Escola de Lacan, em 1964, o que mais chama a atenção é a ausência de uma definição do que um psicanalista é. Em vez disso, a palavra “trabalho” [work] permeia o texto e o que se especifica é o órgão básico da Escola, o cartel.

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PESQUISA

A FORMAÇÃO DO PSICANALISTA

Marizilda Paulino (CLIPP/ EBP/ AMP)

A formação do psicanalista é um tema presente desde o início da psicanálise, e trata-se de importante e complexa questão. O objetivo deste texto é levantar alguns pontos de reflexão sobre um possível caminho para a formação do analista.

A questão da formação do psicanalista foi debatida inicialmente nas reuniões informais de quarta-feira na residência de Freud e culminou na fundação da Sociedade Psicanalítica Internacional (IPA), que criou protocolos que formalizaram os requisitos necessários à formação do psicanalista. O tripé clássico foi estabelecido – análise pessoal, estudo teórico e supervisão – mantidos até hoje; porém, as inovações que Lacan introduziu em sua prática clínica, possibilitaram um novo modo de se pensar a formação do psicanalista.

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RESSONÂNCIAS

DO ZELO AO INVENTIVO

Carlos Ferraz Batista (CLIPP)

Ensinar é um dos três ofícios impossíveis para Freud, mas Freud e Lacan não recuaram diante deste desafio. Lacan por mais de quarenta anos dedicou-se a transmitir e interrogar os conceitos psicanalíticos. Logo após sua exclusão da IPA, propôs a fundação de uma Escola, onde poderia tornar possível um laço entre o analista e o saber, sustentado pela transferência.

Em junho de1964, no ato de fundação1, Lacan trouxe as diretrizes para a criação da Escola Freudiana de Paris afirmando que em seu interior seria possível reconduzir à práxis psicanalítica desenvolvida por Freud, através de um trabalho realizado por meio de uma crítica contínua, que denunciasse os desvios e as concessões que amortecessem seu progresso e degradassem seu emprego.

 

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JORNADAS EBP-SP

X JORNADAS DA EBP – PSICANÁLISE EM ATO

Já está no ar a programação completa, venha conferir!

PROGRAMAÇÃO (CLIQUE AQUI)
Boletim Eletrônico da CLIPP – Clinica Lacaniana de Atendimento e Pesquisas em Psicanálise
Editora: Maria Bernadette Soares Sant’Ana Pitteri.
Coeditores: José Wilson R. Braga Júnior e Cláudio Ivan Bezerra
Revisora: Daniela de Camargo Barros Affonso
Comissão Científica: Carlos Ferraz Batista, Rodrigo Camargo, José Wilson Ramos Braga Júnior ,
Leny Magalhães Mrech, Rosangela Carboni Castro Turim.
Diretor Geral: Maria Bernadette Soares de Sant’Ana Pitteri;
Diretor de Ensino e Pesquisa: Maria Cristina Merlin Felizola.
Diretor Secretário e Tesoureiro: Márcia Aparecida Barbeito.
Diretor de Publicações: Cláudio Ivan Bezerra.
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