Editorial #13
EDITORIAL #13 | 28 de fevereiro de 2022- www.clipp.org.br
EDITORIAL
Daniela de Camargo Barros Affonso (CLIPP/EBP/AMP)
Escrevo este editorial no momento em que a Ucrânia é bombardeada, matando centenas de pessoas e ferindo outras milhares. Embora Freud, em sua correspondência com Einstein, tenha apresentado a guerra como a expressão de um impulso destrutivo consubstancial ao humano, nós, assim como ele próprio, não cansamos de nos indignar com seus horrores. Falemos, pois, de psicanálise. Façamos psicanálise, não façamos a guerra.
Este número de Hades fala do amor. O amor na psicose, do que se trata?
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ENTREVISTA
ENTREVISTA COM IORDAN GURGEL
(Psiquiatra, Psicanalista Membro da EBP / AMP, Secretário do Bureau da FAPOL, Diretor responsável pela Revista Lacan XXI – FAPOL Online)
PERPÉTUA MEDRADO (CLIPP) – No argumento para o X ENAPOL, Alejandro Reinoso retoma, nas psicoses, as noções do amor ao delírio, em Freud, e do amor morto, em Lacan. No livro “El amor en las psicosis”, Jacques-Alain Miller, na introdução, discorre sobre o amor, sobre a transferência nas psicoses, e faz uma questão: o que dizer do amor na psicose? Esta pergunta orientou a discussão dos casos deste livro (El Amor em las Psicosis – organizado por Jacques-Alain Miller) e orienta muito bem a clínica atual com a psicose.
RESSONÂNCIAS
EROTOMANIA NOS TEMPOS DIGITAIS
Emanuelle Garmes (CLIPP/ Psicanalista / Psiquiatra)
Em meio à solidão e isolamento impostos pela pandemia, S. recebeu uma sugestão de conexão em uma rede social. A um clique, um amor do passado poderia dar alguma graça a tempos tão difíceis. Sabemos que uma sugestão de conexão resulta de eficazes algoritmos que escrutinam nossos dados e os utilizam para maior engajamento digital. Mas para S. aquilo representou um sinal de amor ainda pulsante:
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PÍLULAS FREUDIANAS
A PERDA DE REALIDADE NA NEUROSE E NA PSICOSE NA ATUALIDADE
Kátia Riveiro Nadeau (CLIPP)
Freud nos apresenta suas elaborações sobre as diferenças entre neurose e psicose num texto de 1923 (ver bibliografia). Aqui diferenciou a neurose como obediente à realidade, onde ao se valer do recalque, se separava de uma parte do “ISSO”. Por outro lado, nas psicoses, a dependência do “ISSO” as separava de uma parte da realidade. Assim, concluía que a perda da realidade, era um fenômeno exclusivo à psicose.